domingo, 22 de fevereiro de 2009

História da Tapeçaria



Na Antiguidade, é desenvolvida por povos que habitam a Mesopotâmia, Egito, Grécia, Roma, Pérsia, Índia e China. Países do Oriente Médio, como o atual Irã e a Turquia, mantêm importante tradição na manufatura de tapetes, que, em geral, contêm elaborados desenhos geométricos. Na Europa, durante a Idade Média, a confecção de painéis tecidos assume grande importância como elemento decorativo e funcional, o que propicia o desenvolvimento da produção e a sofisticação da técnica. A tapeçaria é utilizada para adornar grandes áreas das paredes dos castelos e igrejas medievais e também para melhorar o conforto térmico destas edificações. A ela cabe ainda uma função narrativa e didática, quando apresenta temas históricos e bíblicos.
A partir do século XIV, a tapeçaria bordada cede lugar para a tecida. Neste período, entre as localidades associadas à sua manufatura, destacam-se Arras e Tournai, em Flandres, e Paris. No final do século XV as reformulações estéticas promovidas pelo Renascimento se refletem também na tapeçaria. A pintura exerce maior influência sobre as peças tecidas
. Bruxelas torna-se o principal centro de tecelagem, embora a atividade já esteja bastante difundida em toda a Europa.
A partir do século XVI, a França destaca-se na produção da tapeçaria, graças, sobretudo, à ajuda oficial às manufaturas, cuja produção principal se destina aos palácios reais. Em 1539 é criada em Fontainebleau, por Francisco I (1494 - 1547), a primeira manufatura real de tapeçaria.

Durante o século XVIII, como outros ateliês sob os auspícios reais, entre eles Aubusson e Beauvais, tem a produção voltada para tapeçarias com motivos campestres ou exóticos, de apelos decorativos. Os Gobelins são responsáveis pela confecção, entre 1687 e 1688, de tapeçarias baseadas em pinturas com temática brasileira de autoria de Albert Eckhout (ca.1610 - ca.1666). Essas peças, conhecidas como Tapeçarias das Índias, são repetidas e, no século XVIII, bastante modificadas em relação aos modelos originais.
No Brasil, a utilização da tapeçaria como expressão artística, pode ser percebida em trabalhos, entre muitos outros, de artistas como Regina Graz (1897 - 1973), pioneira na renovação, na década de 1920, das artes decorativas nacionais; Genaro (1926 - 1971), que passa a se dedicar à tapeçaria a partir de 1950 e cria, em 1955, o primeiro ateliê brasileiro desta arte; Norberto Nicola (1930 - 2007) e Jacques Douchez (1921), que em São Paulo, e na década de 1960, realizam uma investigação formal, rompendo com a bidimensionalidade tradicional da tapeçaria; Sorensen (1928), Burle Marx (1909-1994) e Francisco Brennand (1927), que produzem trabalhos valorizando as especificidades dessa técnica.


5 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde, como desejo adquirir as revistas.
Meu nome é Luiz
luizcpi@yahoo.com.br

Soni Manualidades disse...

Vcs têm na loja a revista clássicos do arraiolo para vender?

Anônimo disse...

Gostava de Saber o que é o ponto de Beauvais, adoro tudos o que é trabalho manual, sou uma curiosa, tenho aprendido com as revistas e núnca encontrei esse tipo de bordado.

Anônimo disse...

Bom dia o anonimo é a Iolanda e é de Portugal, o meu email é yolandasylva@gmail.com, se me podem-se explicar que ponto é esse agradecia muito.

Anônimo disse...

olá meu nome é simara moro no maranhão e gostaria de saber de vocês onde posso comprar telas pintadas para bordar,se possível me mande alguns locais que tenham essas telas para eu comprar,pois estou precisasndo,meu email é janiosimara2008@hotmail.com.obrigada